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A diversidade cultural, a maior riqueza da humanidade.

O México é a sede da Conferência Mundial sobre Políticas Culturais Mondiacult 2022. A secretária de cultura, Alejandra Frausto explica a centralidade da cultura nas políticas públicas do seu país.

O projeto de nação encabeçado pelo presidente Andrés Manuel López Obrador colocou a cultura no centro da agenda desde o primeiro dia de seu governo e marcou um claro rumo para redistribuir a riqueza cultural com o fim de garantir as liberdades em todas as suas dimensões.  Neste projeto cultural, que ninguém fique para trás e ninguém fique de fora.

Para o México, a cultura é uma maneira fundamental de reconstruir o tecido social porque representa uma ferramenta inigualável para acabar com a violência e a pobreza. A diversidade cultural, a maior força que temos como país, faz visíveis os invisíveis porque coloca a grandeza das civilizações em escala humana e cotidiana. Por isso, a cultura se situou no centro das políticas de bem-estar deste governo.

A política cultural do Estado mexicano baseia seu trabalho em três princípios fundamentais: a inclusão, o reconhecimento à diversidade e a defesa das liberdades. Estes princípios são também valores centrais promovidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que dispôs na Conferência Intergovernamental de Políticas Culturais, Mondiacult 2022, um dos trabalhos mais ambiciosos e com maior transcendência para as políticas culturais do século XXI.

A política cultural do Estado mexicano baseia seu trabalho em três princípios fundamentais: a inclusão, o reconhecimento à diversidade e a defesa das liberdades.

A humanidade se encontra em um momento crucial, marcado por enormes desafios como a enorme brecha de desigualdade, conflitos armados, mudança climática ou a pandemia de Covid-19. Ante estas circunstâncias, os países buscaram atender as necessidades básicas de sua população e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade social e econômica.

Tempos difíceis para a cultura

Nos momentos mais agudos da pandemia, a Secretaria de Cultura do Governo do México deixou claramente demonstrado que seu afazer a nível das comunidades é uma ferramenta para a ativação do tecido social, a comunicação e, sem dúvida, de apoio à saúde pública.

Mediante a cultura foi promovida uma integração intrafamiliar em todas as regiões do país, foram brindadas ferramentas informativas nos meios de comunicação públicos, ampliada a oferta educativa e de circuitos culturais e fomentada participação de mais pessoas, em especial da infância, com atividades lúdicas. A cultura resultou ser um espaço de conciliação, informação, reflexão e paz. Brindou-nos mais música, literatura e cinema, facilitou a nossa participação em redes sociodigitais, blogs ou podcasts para fazer o confinamento mais ameno: uma cura para a alma.

Nesta crise sem precedentes, o setor cultural foi o primeiro a deter suas atividades e o último em retomá-las. Então buscou-se uma maneira na qual os artistas voltaram a se encontrar com seus públicos em espaços com protocolos seguros, para que assim, o bálsamo que a cultura foi nesta época de crise adquiria mais importância na agenda global de desenvolvimento. Temos certeza de que a cultura pode reconstruir a confiança, dissipar o medo e refazer a comunidade.

A cultura pode reconstruir a confiança, dissipar o medo e refazer a comunidade nos momentos de crise.

Dada sua enorme importância real e estratégica, durante esta administração se decidiu fazer da diplomacia cultural um dos eixos de ação da nossa política exterior com a visão de promover a diversidade de manifestações culturais do país, abrindo maiores oportunidades para a sociedade, ao mesmo tempo que, para melhorar a imagem do México no mundo.

México, sede da Mondiacult 2022

Em 1982, o México foi sede da Conferência Mundial sobre as Políticas Culturais (Mondiacult), encontro convocado pelo Governo do México em colaboração com a UNESCO, onde assistiram ministros e ministras de cultura de todo o mundo para definir a rota de navegação das políticas culturais que conhecemos atualmente.

Neste ano 2022 cumprem-se quatro décadas daquela decisiva conferência e, novamente, o México voltará a ser anfitrião deste importante foro mundial. Diferentemente da primeira edição do Mondiacult, hoje o mundo vive uma mudança cultural sem precedentes, o que gera uma grande oportunidade para colocar a cultura no centro das políticas de desenvolvimento sustentável.

A Segunda Conferência Mundial de Políticas Culturais aplanará o caminho para a plena integração da cultura como um bem público global, e com isso, o estabelecimento de uma pedra angular para um melhor futuro para a humanidade.

A Segunda Conferência Mundial de Políticas Culturais aplanará o caminho para a plena integração da cultura como um bem público global.

Ao entrar na última década de ação para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, a UNESCO e seus Estados membros, junto com a comunidade cultural chegaram ao consenso de estabelecer um roteiro de aspirações comuns em torno às políticas culturais e fazer frente aos desafios globais para perfilar as prioridades imediatas e futuras do setor.

Nas três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a meio ambiental, a cultura cumpre uma função específica para sua consecução, uma vez que contribui notavelmente ao desenvolvimento econômico dos países; é um veículo de inclusão social e construção de cidadania; enquanto a gestão cultural contemporânea, as políticas e as práticas culturais de nosso tempo deverão estar ligadas de maneira multidimensional ao binômio indissolúvel: natureza e cultura.

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