Dia da mulher negra latino-americana e caribenha.

Historiadora: Patricia Marxsen (Iyalorisà Iyàtosin)

Comemorada no dia 25 de julho, a data remonta ao ano de 1992 quando, em Santo Domingo, República Dominicana, realizou-se o 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas. O encontro, além de propor a união entre essas mulheres, também visava denunciar o racismo e machismo enfrentados por mulheres negras, não só nas Américas, mas também ao redor do mundo. Essa importante reunião conseguiu que a ONU, ainda em 1992, reconhecesse o dia 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Mulheres que são duplamente afetadas pelas desigualdades raciais e de gênero, enfrentando barreiras no mercado de trabalho, saúde, educação e segurança, o que exige um comprometimento coletivo em busca de soluções efetivas e duradouras para combater essa realidade e garantir a plena realização de seus direitos humanos.

Marchas, palestras, atividades culturais, rodas de conversa: o “julho das pretas”, mês que tem o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha nesta terça-feira (25), como data central, tem cerca de 450 atividades organizadas em 20 estados brasileiros neste ano de 2023.

“Data importante pra resgatar todas as dificuldades sofridas pela nossa ancestralidade e que infelizmente acontece nos dias de hoje, buscando o reconhecimento merecido, mulheres pretas com os menores salários, a mais agredidas, mais violentadas, o dia 25 de Julho é uma data importante para expressar o nosso sentimento de insatisfação, e reivindicar salários melhores, oportunidades dignas e que não sejamos julgadas pelo olhares da sociedade, é muito difícil entrar em um local e ser seguida com olhares atentos como se fosse roubar algo!” Dissertou SELY CRISTINA PRESIDENTE DA UNEGRO(união dos negros e negras) em Maricá -RJ

No Brasil, a Lei nº 12.987/2014 definiu o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em reconhecimento a Tereza de Benguela, líder quilombola do século 18 no Mato Grosso. Desde 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra o dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha.

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